quarta-feira, 27 de abril de 2016

Cravos e pó de giz

Pó de giz, professores cinzentos e o cheiro do medo eram os ingredientes do Estado Novo. Poder ler e saber o que se passava no mundo custava muito caro. As pessoas viviam pobremente, encurraladas num sistema que não lhes permitia exprimir o que quer que fosse. A policia politica perseguia os mais audazes e traçava o seu destino.
Algumas décadas volvidas, o ambiente na escola e na vida alterou-se profundamente. Hoje, a vida tem outros matizes e, podemos escolher o nosso destino e desbravar caminhos. Usamos a força das palavras, cultivamos os nossos interesses e, a mulher afirmou os seus direitos no plano social ainda que lhe falte muito para aceder aos privilégios que sonha em privado.
A liberdade em si mesma um ideal que, teoricamente, usamos no nosso dia a dia. Cristalizou-se e abusa-se dela para justificar o injustificável. Mesmo assim, a liberdade sabe a açúcar e podemos usar q.b.
As crianças não sabem a luta que se travou para a trazer para a rua mas, agora, sabem que o 25 de Abril é uma festa do calendário e por causa  dela se enfeitam os corações das pessoas mais velhas, se trocam cravos e velhas cantigas. Do Jardim de Infância trouxemos flores para levar a festa ás ruas da aldeia, quase deserta como todas por esse país fora....
Conhecemos a alegria de um outro dia e sabemos que a paz de todas as festas se saboreia devagarinho.
Deixamos aqui uma canção do Zéca Afonso para nos lembrarmos que a historia se faz com o sonho dos homens. E as fotos dos nossos meninos para os pais saberem mais um pouco da historia que construímos todos os dias.

Sinto orgulho de ter vivido por dentro momentos desta historia e guardar retalhos da nossa democracia ainda tão recente.
Beijinhos



















segunda-feira, 18 de abril de 2016

Com flores


Mãos pequeninas e com vontade de construir uma paisagem. Um cenário cheio de cor e flores a pensar num tempo cheio de memórias. Cheio de risos de criança, de palavras trocadas com os amigos e de quem nos ama sem limites. 
A preencher as horas, os pensamentos. As mãos de quem se entrega ao prazer, de quem aceita o desafio. Como se nada mais importasse. Fica o retrato do colectivo, "a colcha" de quem soma o esforço sem saber quem começou o quê. Como a vida: cheia de experiências onde cada um desempenha um papel e se perdem as qualidades de cada um. A soma de todas as partes, as vidas que experimentamos e as pessoas que fazem parte de nós. 
Com cheiro de rosas, crisântemos, lirios. Perfumes da diversidade, a essência da infância. Ficam as fotos como registo das nossas actividades.





















Hoje foi um dia cheio. De sol, de encantamento. 
De manhã fomos visitar uma fabrica de peles e agendámos uma visita para amanhã, local de trabalho do pai do Duarte que o encheu de beijinhos. 
À tarde fomos fazer uma visita à mãe da Carolina que nos mostrou o quarto das meninas, onde todos se sentiram felizes e bem recebidos. Tivemos direito a lanche no jardim e brincámos no parque como tanto gostamos. Ainda parámos na casa do José Pedro onde a mãe estava atarefada com uma sopinha de feijão verde bem cheirosa e uma bebé para cuidar. A Madalena, pequenina e viçosa está muito bonita e muito simpática como o irmão. Mesmo assim a dona Tânia recebeu-nos bem e com alegria nos olhos. Está a terminar a licença de maternidade o que me faz pensar que as mães e os bebés deveriam poder ficar juntinhos por muito mais tempo para os bebés rirem mais vezes e entrar na escola fartos de colinho e afectos. 
Obrigada mais uma vez pela simpatia com que nos recebeu e pelo carinho que as mães mostram por todos nós. 



















sábado, 16 de abril de 2016

OS PAIS DEVEM SER AMIGOS DOS FILHOS?


"Sendo certo que a generalidade dos estudos sugere que as crianças se desenvolvem de forma emocionalmente mais segura quando os pais mostram de forma muito clara o seu afeto e quando são capazes de reforçar positivamente os sucessos dos filhos, as investigações também dão conta da importância da colocação de limites aos comportamentos das crianças. Mais:


Um estilo parental permissivo tende a gerar criançasvulgarmente apelidadas de mimadase com fraca resistência à frustração.

Para isso, é preciso firmeza e capacidade para reagir sempre que os filhos façam algo que não seja aceitável. Mais: estes limites devem fazer parte de regras bem definidas, em que as consequências para cada escolha futura estejam claras. Claro que as regras também devem traduzir o exemplo prático do comportamento dos pais – a ideia do “Faz o que eu digo, não faças o que eu faço” é absolutamente antipedagógica.
Os pais devem ser capazes de mostrar o amor que sentem pelos filhos de forma clara, inequívoca. E isso também passa por serem capazes de se divertir com as crianças/ os adolescentes, desde que nunca deixe de ficar claro quem é o progenitor e quem é o filho, isto é, quem é que tem o dever de fomentar a segurança de quem, quem é que educa quem." 

Texto retirado do blog "A PsicólogaCláudia Morais 

E como ficou prometido aqui deixo um desenho animado do Mikey Mouse para se divertirem um pouco. Beijinhos. Um fim de semana feliz