Comecei o dia com o trabalho nos manuais. As crianças revelaram logo a sua fadiga. As fichas são aborrecidas nalguns casos. Mas, há outras maneiras de aprender melhor. Recuei...
Convidei-as a brincar. Poucos minutos decorreram até se envolverem todos no brincar, atividade que enche a cabeça e o coração de prazer.
Fui chamando um a um, sabendo quais estavam disponíveis para colaborar.
Primeiro, aqueles que estavam mais motivados a trabalhar. Todos sabiam que sendo os primeiros, tinham mais opções na escolha dos materiais disponíveis. Ainda que não fosse preciso dizê-lo.
Porque são crianças muito inteligentes e observadoras.
Escolheram as cores, decoraram a gosto e a contento. Colaram, foram actores do gesto de criar.
Os palhaços ficaram "giríssimos". Sorridentes, com gargalhadas que pareciam sair das suas bocas gigantescas.
De tarde, ouvimos uma historia "O baile de máscaras" com os três porquinhos, a avó, o capuchinho vermelho, o lobo grande e os animais da quinta.
Escolhemos um livro para as férias e recortámos estrelas de bom comportamento.
Fomos à rua, cheios de sol, de espaço e coisas que já sabíamos. Já nos organizamos sozinhos e, improvisamos com os brinquedos e os amigos.
Estamos exaustos e a precisar de descanso e muito colinho.
Houve chocolates depois do lanche.
Amanhã há mais folia porque brincar é rir ainda que seja só com os olhos.
O Duarte disse que as pessoas riem quando há musica.
A Carolina disse que riem quando fazem tolices.
O Simão disse que é quando há festa.
O José Pedro, pequenino, disse que as pessoas riem quando gostam de musica.
A Bruna acha que é só no dia de Carnaval.
A Patrícia acrescentou que o "mano" se ri quando lhe chama salsicha.
O Mauro diz que acontece quando o "mano" lhe chama batata.
Eu digo que as pessoas riem quando têm sentido de humor e conseguem sentir prazer com os outros e com as coisas que fazem. E quando sabem perdoar.
Até amanhã, beijinhos.
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